Brincar com a terra: Ajuda no aprendizado e no controle da ansiedade


      Na última 3ª (25/05/2010) o Jornal Nacional noticiou que cientistas dos Estados Unidos concluíram que crianças expostas a uma bactéria comum e não patogênica, e normalmente encontrada na terra, denominada M. vaccae (Mycobacterium vaccae ) tem ampliado sua capacidade de aprendizado. Outros estudos apontam que a bactéria também auxilia no controle da ansiedade.
       De acordo com o portal da revista EXAME, Dorothy Matthews, co-pesquisadora junto com Susan Jenks , disse:

"A Mycobacterium vaccae é uma bactéria de solo natural, que as pessoas geralmente ingerem ou respiram quando passam algum tempo na natureza"

e ainda completou :

"É interessante imaginarmos que criar ambientes de aprendizado nas escolas que incluam momentos ao ar livre, onde M. vaccae esteja presente, pode baixar a ansiedade e aumentar a capacidade de aprender novas tarefas".

       Esta pesquisa apenas confirma o que a Equipe da Fazenda Faraó acredita e que diversos educadores falam a anos sobre a importância do contato com a natureza. A diferença é que estas explicações têm origem no campo da biologia, uma ciência mais valorizada atualmente que as ciências humanas.
       O contato com a terra é um dos preceitos do trabalho que realizamos na colônia de férias. Para ilustrar, publicamos as fotos de duas oficinas que aconteceram nas últimas férias de janeiro. Nas fotos podemos ver a Oficina de Plantio, a Oficina de colheita e a de Construção com Argila.

       Na Oficina de Plantio, além de plantarmos espécies nativas da Mata Atlântica, também aproveitamos frutíferas para compor nos Agrofloresta e espécies não invasoras de bambu que irão ajudar nas futuras construções. A vantagem do plantio da frutífera é que depois de alguns anos, o aluno pode ver o que plantou dar frutos.

       A Oficina de Colheita promove outra transformação também, a de que o aluno COMA o que experimentou colher. Sem dúvida uma experiência enriquecedora e extremamente necessária se pensarmos a crescente questão da má qualidade da alimentação. Não apenas da falta dela.

       Na Oficina de Construção com Argila, as crianças aprenderam a ancestral técnica de construção pau-a-pique ou parede francesa (ou taipa de mão, taipa de sopapo ou taipa de sebe...), mudando de nome dependendo da região ou país. A oficina ajudou na construção da futura brinquedoteca algo que os "pequenos construtores" poderão dizer que ajudaram a construir quando voltarem ali. Nesta oficina o lúdico torna-se mais evidente pois o “banho de lama” é algo invitável e até mesmo bem vindo.

Para mais informações sobre o assunto, veja os links que serviram de fonte para produzirmos esta coluna aqui e aqui.

Nenhum comentário: